Consultores avisam: É preciso prevenir e cuidar para não chorar sobre leite derramado

Consultores avisam: É preciso prevenir e cuidar para não chorar sobre leite derramado

Fazendo valer a máxima de que prevenir é melhor do que remediar, os consultores palestrantes do 12º Debate da Viticultura proporcionaram aos produtores do Vale do São Francisco a troca de informações e atualizações de conhecimentos acerca das pragas que assolam as plantações de uva após o período chuvoso e o manejo adequado para exterminá-las. Porém, além do aumento na bagagem de conhecimento, Newton Matsumoto, Jackson Lopes e Augusto Prado fizeram um passo a passo detalhado dentro dos conteúdos ministrados.

 

Responsável pelo tema “Definição de prioridades”, Jackson Lopes demonstra preocupação quanto ao número de produtores que adotaram ou não medidas preventivas, reforçando que a ordem de execução das tarefas relacionadas influencia diretamente no resultado. “Estamos no período de maior risco, de probabilidade de prejuízo para o produtor e a gente está discutindo agora temas para uma leva de decisões, tanto na palestra de Newtinho, como na de Augusto ou na nossa, para que minimizem esses problemas e causem menos prejuízos e que tenha mais sustentabilidade. Infelizmente aqui às vezes a gente esquece do passado e o que a gente observa é que o período de chuvas é cíclico na região, então a tendência é que por mais uns anos a gente tenha períodos de chuvas como tivemos esse ano”, previu.

 

Durante 50 minutos os produtores permaneciam em uma das tendas de conhecimento, trocando de palestra ao final do tempo, cronometrado e sinalizado pelos colaboradores da Agropodas. Newton Matsumoto ministrou as palestras com o tema “Fitossanidade”, onde repassou as práticas necessárias para evitar o surgimento e/ou disseminação das pragas. “Esse evento normalmente a gente fazia em maio, mas em maio a gente ficava no conceito de chorar o leite derramado. Então a gente resolveu antecipar para fevereiro que é no início das chuvas e das doenças. Tanto o míldio, bactéria, ferrugem, estão todas começando agora. A ideia é discutir isso para que a gente possa minimizar o máximo possível os danos provocados pela chuva no cultivo da uva. E espero que o que foi debatido aqui no dia de hoje consiga reduzir os prejuízos dos produtores nos meses que vão vir e que prometem ser chuvosos”, explicou Matsumoto comemorando a ampla participação dos espectadores.

 

Augusto Prado ministrou a palestra “Manejo cultural, nutrição na floração” e encerrou o evento encantado com o nível de comprometimento dos produtores presentes. “Eu achei um evento muito bom, entendo que as pessoas vieram com propósito de aprendizado e troca de informação, entendo que Agropodas faz um evento como esse muito bom para o Vale, para os produtores, com essa troca de informação e conhecimento profissional. Isso faz engradecer o Vale. O Vale tem essa característica muito particular e peculiar de discussão e de compartilhamento de informação, isso é muito bom para todos aqui e a fruticultura do Vale é muito forte por isso. Então é isso que eu vejo, um sábado de carnaval aqui na região da gente, e estar assim lotado de gente, ter mais de 300 pessoas aqui é espetacular”, admirou.

Related posts

Míldio, o vilão das chuvas

Ao avaliarem os problemas enfrentados após o período chuvoso, um ponto era unanimidade entre os 300 participantes do12º Debate da Viticultura: a preocupação com a incidência do míldio. Não é

Leia mais